O faixa preta (Black Belt) é aquele que recebe todas as atenções e todos os olhares! Por isso ele precisa se concentrar em ser o melhor possível, pois além de levar o seu nome ele também está levando o nome da academia que o formou e principalmente do nosso esporte.

Muitos associam o faixa preta ao cara extremamente técnico, o que sem sobra de dúvidas deve ser um de seus atributos, mas ser um faixa preta é muito mais do que apenas conhecer, executar e ensinar posições. É ter caráter, ser um bom exemplo dentro e fora do tatame e claro ser um grande conhecedor da arte de maneira geral, tanto da prática como da teoria!

Se você já é um faixa-preta, a lista vale como uma revisão de sua carreira e até como um estímulo para você criar o seu próprio plano de metas até a faixa-coral. Confira!

  1. Gostar de Jiu-Jitsu — não adianta ser faixa preta se não gosta de treinar jiu jitsu
  2. Amar o Jiu-Jitsu — é necessário andar com o jiu jitsu estampado no peito
  3. Respeitar o Jiu-Jitsu — a humildade tem que vir sempre em primeiro lugar
  4. Aprender a dosar força e técnica, de modo que você lute durante o máximo de tempo sem cansar.
  5. Entender que a faixa não é o único objetivo, mas uma consequência do esforço e aprendizado. A pessoa que tem como meta apenas pegar a nova faixa limita o próprio potencial, que é sempre algo enorme e desconhecido. Em vez de se concentrar nisso, preocupe-se em desenvolver aspectos técnicos da luta.
  6. Saber o programa de aulas básico de cor e salteado.
  7. Estudar a fundo as técnicas de defesa pessoal. Ou você pretende ser um faixa-preta que se desespera para sair de uma gravata qualquer?
  8. Fazer um treino duro com o próprio mestre.
  9. Fazer vários amigos de fé na academia.
  10. Disputar um campeonato – e voltar com a medalha de ouro para casa.
  11. Disputar um campeonato na categoria absoluto.
  12. Perceber que no fundo, no fundo, pontos e cronômetro não existem, enquanto não há nada mais real que os três tapinhas.
  13. Participar de um seminário ministrado pelo seu grande ídolo.
  14. Aprender inglês. Do jeito que o mercado do Jiu-Jitsu é, você vai ter que se comunicar em outros continentes.
  15. Saber dar um armlock voador, mesmo entendendo que não é um golpe para ser usado toda hora.
  16. Lutar um Mundial de Jiu-Jitsu.
  17. Inventar algum golpe ou movimentação.
  18. Dar um nome bem original ao golpe criado, como por exemplo “borboleta sem asa”, “pega-bobo” ou “bola de fogo”.
  19. Experimentar variadas dietas até descobrir duas ou três que realmente funcionam para estimular o seu corpo, antes, durante e depois das competições.
  20. Fazer ao menos um ano de judô – caso o treino intenso de quedas não seja um costume de sua academia.
  21. Aprender a perder.
  22. Aprender a vencer.
  23. Encontrar o tipo de kimono cuja modelagem se ajuste melhor ao seu corpo.
  24. Afiar o surfe, pois você ainda vai participar do Campeonato Black Belt de Surfe.
  25. Se o surfe não for a sua praia, desenvolver outra atividade ao ar livre, para se energizar nos dias fora da academia.
  26. Aprender a ensinar. O que inclui saber conduzir uma aula completa, planejar o aquecimento específico para o treino do dia, casar os treinos com coerência, saber deixar o aluno novamente calmo ao fim do treino para ir para casa, entre outros pontos. “Na marrom, o atleta promissor pode dar uma aula com o faixa-preta do lado, como um estágio, um teste”, sugere o professor Raphael Abi-Rihan.
  27. Ler o manual de regras do Jiu-Jitsu da IBJJF.
  28. Próximo à faixa-preta, participar de treinos simulados de vale-tudo, conhecidos popularmente como treinos de bloqueio e taparia. Situações reais de luta são extremamente importantes para afiar sua defesa pessoal, saber o tempo de entrada de queda e lapidar outros aspectos.
  29. Raspar o cabelo, nem que seja uma só vez (pra ficar com cara de bad boy, rs)
  30. Tentar fazer aulas particulares – vitais para dar um refino técnico e aprender macetes com seu professor.
  31. Oferecer-se de sparring para seu mestre, especialmente em aulas particulares, em que você também vai aprender muito.
  32. Montar sua bibliografia básica sobre artes marciais. Quanto mais livros (e vídeos e DVDs), melhor.
  33. Lutar, com todas as forças, para aquele apelido que botaram em você não pegar.
  34. Aceitar o apelido, se pegar.
  35. Emplacar um bom apelido em algum parceiro.
  36. Incentivar uma criança a começar no Jiu-Jitsu. Afinal, elas são o futuro do esporte.
  37. Adquirir autocontrole.
  38. Usar suas habilidades técnicas e seu gás para sair de alguma enrascada. Aventuras fazem parte da história de qualquer grande faixa-preta.
  39. Não deixar o seu bom Jiu-Jitsu subir à cabeça – mantenha os pés no chão.
  40. Saber reagir. Não existe uma cartilha exata sobre como você deve proceder em cada situação, mas o professor Carlos Gracie Jr. costuma ensinar uma lição clássica. Quando alguém estiver o incomodando, no cinema, no avião em qualquer lugar, pense antes de agir: se essa pessoa fosse o Brock Lesnar, o que você faria? Há horas que você decididamente tem de interceder, e ir falar com o chato. Mas faça sempre com educação – sem covardia. Seja a pessoa uma velhinha, um grupo de adolescentes ou o campeão dos pesados do UFC.
  41. Não deixar nunca de treinar o Jiu-Jitsu básico, bem como a defesa dos golpes.
  42. Ter um fisioterapeuta camarada, que depois de tantas consultas já faz aquele desconto quando surge uma nova lesãozinha.
  43. Ter a sua receita favorita de açaí.
  44. Descobrir a sua melhor hora de treinar, e entender se o seu corpo responde melhor aos treinos duros à noite, à tarde, ou de manhã cedo.
  45. Sempre elogiar seus alunos e os país dos alunos pelo bom comportamento.
  46. Estudar o básico da história do seu esporte, e saber quem foram e o que fizeram os pioneiros do Jiu-Jitsu.
  47. 47. Todo faixa-branca já viu mais de cem vezes, então não é você que vai deixar de assistir: reveja, volta e meia, as primeiras e gloriosas vitórias do Jiu-Jitsu nos ringues. Afinal, conhecer os feitos de Carlson, Royce, Rickson, Renzo, Ralph e Minotauro, por exemplo, é entender como o Jiu-Jitsu chegou tão longe.
  1. Após tantos anos de torções, descobrir o golpe para o qual você não bate de jeito algum – uma chave de pé, uma guilhotina…
  2. Ser flexível; descubra seu programa de alongamento favorito.
  3. Equiparar seu jogo por baixo ao seu modo de lutar por cima – ou pelo menos chegar perto disso.
  4. Conversar muito com os mais graduados e velhos mestres.
  5. Esquecer as bombas.
  6. Registrar em fotos o auge de sua forma física. Além de servir como acompanhamento, isso vai motivar a não deixar o shape cair, mesmo com o passar dos anos – e das faixas. E você ainda terá uma bela fotografia para um dia tirar onda com os filhos e netos…
  7. Fazer uma viagem inesquecível para lutar ou treinar Jiu-Jitsu com a equipe.
  8. Representar bem e divulgar a bandeira do nosso Jiu-Jitsu na sua comunidade, e no exterior.
  9. Testar seus conhecimentos teóricos acerca do Jiu-Jitsu em provas escritas, como as realizadas na Escola Leão Teixeira, no Rio, ou na Universidade do Jiu-Jitsu, em San Diego, entre tantas outras escolas.
  10. Acostumar-se ao desconforto. Afinal, como dizia Wallid Ismail, “é tempo ruim o tempo todo”.
  11. Se dar mal com as mulheres por causa da sua orelha.
  12. Se dar bem com as mulheres por causa da sua orelha.
  13. Ter tido no mínimo 17 kimonos até pegar a preta. Se não, você não gastou pano o bastante…
  14. Doar seus kimonos velhos para projetos sociais e alunos iniciantes.
  15. Entender a dinâmica do seu corpo, afinal cada biótipo se adapta de um jeito diferente ao Jiu-Jitsu. O seu jogo deve estar em sintonia com o tipo de corpo que você tem.
  16. Respeitar os faixas-brancas. E azuis, roxas…
  17. Desenvolver sua flexibilidade mental. Em qualquer campeonato no mundo, é comum você competir mais tarde ou mais cedo do que o esperado, mudar de área de luta pouco antes do combate… “Nesses casos, relaxe e aceite. A ausência de um pensamento rígido permite que você tire o melhor de cada experiência e evolua”, ensina nosso colunista Martin Rooney.
  18. Absorver qualquer nova técnica que lhe é ensinada, mesmo que não se torne sua especialidade. Certamente pode ser a de algum oponente.
  19. Pelo menos uma vez na vida, decidir competir em algum torneio em cima da hora. Lembre que não existe uma fase “perfeita” para lutar, vá e lute – e quem sabe será a hora perfeita.
  20. Bater, bater e bater, várias vezes. E, quem sabe, até dormir num golpe. Faz parte, tudo é aprendizado até a condecoração máxima.
  21. Fazer uma luta (ou vá lá, no mínimo um treino) sem tempo ou pontos, até pegar.
  22. No caso de ter amigos em outras academias, visitar novos ambientes. “Gostaria de ter ido treinar mais com outros atletas, para testar o meu Jiu-Jitsu sem a pressão dos campeonatos. Sinto falta por não ter treinado com o Amaury, Libório, Roleta, Cachorrão e Pé de Pano”, revela Saulo Ribeiro.
  23. Ser o herói de alguém – nem que seja do seu irmão mais novo.
  24. Explicar mais de uma vez, a diversos amigos, a filosofia do Jiu-Jitsu, e não perder a paciência quando ouvir, “Mas luta não é coisa de ignorante, não?”
  25. Ser convidado para ajudar na segurança daquela festa de amigos. Nem que seja para recusar elegantemente, apesar de sentir-se orgulhoso por dentro.
  26. Ter um campeão de jiu jitsu como atleta favorito.
  27. Dar uma moral, do jeito que você puder, a algum projeto social tocado por você ou um faixa-preta parceiro seu.
  28. Ter o Jiu-Jitsu como estilo de vida e aproveitá-lo ao máximo. Para isso, deve-se entender que a arte não se resume a uma modalidade esportiva.
  29. Descobrir o que é persistência na própria pele – afinal, é quase certo que você vai ficar um tempo parado por conta de uma lesão. Mesmo assim, não esmoreça.
  30. Manter a vontade de estar sempre aprendendo;
  31. Decifrar expressões curiosas como “nó-de-porco”, “creonte”, “calçar a bota”, “amassa-pão”…
  32. Soltar volta e meia um “… bicho” no final da frase, e saber que isso nunca saiu de moda.
  33. Descobrir o que te motiva antes de um treino e o que serve como alívio após um dia ruim na academia – seja uma música, um filme, uma leitura ou algum pensamento positivo.
  34. Desenvolver um estilo próprio como lutador.
  35. Desenvolver um estilo próprio como professor.
  36. Entender que cada “façanha” ou briga desnecessária não acrescenta nada a um praticante, e sim representa um passo atrás na sua busca pelo reconhecimento no Jiu-Jitsu. Como afirma Saulo: “Eu nunca daria a faixa-preta a uma pessoa sem escrúpulos, ou melhor, essa pessoa nem treinaria comigo porque eu não seria capaz de abrir minha alma para ensiná-lo.”
  37. Encontrar um meio de tirar prazer das grandes e pequenas coisas no Jiu-Jitsu, desde o aquecimento até os dias ruins na academia e as derrotas.
  38. Aprender noções de primeiros socorros.
  39. Aprender a lidar com o medo, a insegurança e a ansiedade que todos temos, uns mais, outros menos. Por isso a competição é um dos melhores ambientes para se autoconhecer, não só como atleta.
  40. Entender sua responsabilidade como atleta graduado. “Se o cara pretende ser professor a responsabilidade é ainda maior, já que deve ser o exemplo para os que serão seu espelho. O Jiu-Jitsu não tem apenas a função de criar bons lutadores, mas homens capazes, dignos e honrados de levar a bandeira do Jiu-Jitsu adiante. Essa é a maior responsabilidade do faixa-preta”, ensina Robert Drysdale.
  41. Refletir sobre os erros.
  42. Depois de crescer com o erro, tirá-lo dos ombros.
  43. Enxergar a faixa-preta como um começo, não como o fim do caminho. “Aprimorei muito meu jogo depois que cheguei na preta”, lembra Marcelo Garcia.
  44. Pelo menos a partir da faixa-marrom, competir também sem kimono.
  45. Inovar nos exercícios. Não passe o resto da vida fazendo polichinelos.
  46. Enxergar o mais rápido possível que a academia não é lugar de competir, e sim de treinar e tentar posições. “Só batendo e exercitando suas deficiências você vai se tornar um lutador completo. Esse negócio de ‘ganhar treino’ é bobagem e limita o jogo e o aprendizado”, lembra Saulo.
  47. Experimentar técnicas de respiração, Ginástica Natural e ioga, para auxiliar seu desempenho como atleta. Apesar de vistas com desconfiança antigamente, hoje tais recursos estão largamente consagrados por grandes lutadores – inclusive do UFC.
  48. Preparar seu discurso antes da cerimônia de recebimento da faixa.
  49. Criar a sua própria lista com 50, cem ou 200 metas que você VAI cumprir até a faixa-preta.
  50. Aplicar a principal lei do Jiu-Jitsu (“mínimo esforço para a máxima eficência”) em sua própria vida. Enfrente os desafios da maneira mais simples possível, pois certamente este será o modo mais eficiente.
  51. Sair da internet e ir treinar!
  52. Criar uma ação beneficente para ajudar ao próximo.
  53. Ter sempre em mente que sempre existirá alguém melhor que você e o importante é sempre procurar melhorar.

O nosso amado Jiu Jitsu é um esporte que preza o respeito e a disciplina entre seus praticantes, e entre as demais pessoas que fazem parte de seu convívio, e infelizmente havia a um tempo atrás aquela cultura de que o esporte era lugar para violência! Desde modo afastava crianças e mulheres dos tatames, mas graças a persistência essa cultura vem sendo desmistificada, e uma das pessoas mais importantes para manter esse conceito positivo sobre as artes marciais é o faixa preta, pois ele mesmo que indiretamente se tornar um grande exemplo dentro da academia e suas atitudes serão copiadas pelos demais!

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